Editorial: Nova época, os maus vícios do costume

Este fim-de-semana tive oportunidade de seguir dois jogos do campeonato AFVC sénior masculino no pavilhão. Não na sua totalidade mas o tempo necessário para notar que… os erros de organização continuam lá. Em comum nos dois pavilhões o queixume do costume: falta de tempo cronometrado no jogo. Trata-se de algo reivindicado pelos clubes há imenso tempo mas que “forças ocultas” teimam em não querer resolver esta situação. Faltam árbitros, dizem. Então, e dando apenas um exemplo, como resolve o hóquei em patins o problema? Falta, isso sim, vontade! 

A falta de cronómetro leva muitas equipas, em situação de vantagem no marcador, a queimar tempo, recorrendo a “lesões” do guarda-redes. Uma moda que chegou com um guardião vindo de Barcelos e que, infelizmente, vingou. Todavia, o que aconteceu no pavilhão da EB 2,3/S Pintor José de Brito não foi isso. Estando a formação da casa a vencer, a dupla de arbitragem entendeu necessário ameaçar com uma advertência o lesionado guarda-redes do Nogueirense caso este voltasse a pedir assistência (após dois pedidos). Ora, neste caso, parece que ia pagar o justo pelo pecador… Dados os momentos de paragem, a dupla de arbitragem terminou o jogo decorridos 37 minutos na segunda parte. Convém esclarecer: afinal há compensação ou não há compensação? São pormenores que podem ser por maiores e critérios que convém serem definidos, até para protecção dos árbitros!

Para finalizar… o impensável! Paulo Rocha e Diogo Rodrigues não são omnipresentes. Opinião diferente tem quem gere as nomeações da arbitragem distrital, visto que, como podem ver na imagem (recorte do mapa de nomeações do último fim-de-semana), pediram-lhes que apitassem um jogo às 17h em Lanheses e outro às 18h em Santa Marta…

O Desporto em Viana promoveu, há um ano, uma conferência para pensar o futsal em Viana do Castelo. Parece que da profícua discussão nada saiu, apenas promessas e palmadinhas nas costas.

Boa semana desportiva

José Domingos Ribeiro