A manifestação foi convocada na sexta-feira, através das redes sociais, e deveria ter decorrido apenas na Praça da República, segundo apurou a agência Lusa junto de alguns elementos da organização. Contudo, os manifestantes acabaram por desviar para a Avenida dos Combatentes. "Vamos varrer esta gente daqui", gritavam os manifestantes, entoando o hino nacional e "Grândola, vila morena".
"O país está em transgressão, nós também", explicou um destes elementos, ao descer a Avenida do Combatentes, principal artéria da cidade, com os manifestantes a gritarem palavras de ordem contra as medidas de austeridade anunciadas nos últimos dias pelo Governo. "Na minha casa mando eu, não são os meus netos. Por isso não admito que venham estes jotinhas arruinar o meu país", afirmou um dos manifestantes, que usou da palavra durante o protesto, marcado ainda por vários pedidos de demissão do Governo.
Esta acção iniciou-se depois das 15 horas e, ao fim de quase uma hora, os cerca de 300 manifestantes partiram, de forma espontânea, em desfile pelas ruas da cidade, num acção que não estava autorizada mas que decorreu sem incidentes, apesar do condicionamento à circulação automóvel. O desfile acabou cerca de 40 minutos depois, na Praça da Liberdade, com os manifestantes, de vassoura na mão, a lançarem palavras de ordem contra a troika.
Este protesto foi organizado localmente e não integrava, oficialmente, a acção nacional "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!", igualmente convocada através das redes sociais.
Redação/Lusa
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