“Do dito ao feito vai um grande eito”, já diz o ditado popular. Por isso, é bem mais fácil falar daqueles que são os comportamentos desejáveis no seio desportivo, do que controlar os instintos que vêm à flor da pele no decorrer dos jogos.
Neste jogo concreto entram em campo duas equipas em claro confronto: a equipa do politicamente correto e a do praticamente possível. Porém, se queremos que o desporto faça crescer os atletas, também como seres humanos, há que fazê-los disciplinar as palavras e atitudes entre colegas, equipas adversárias, árbitros, adeptos ou simpatizantes das modalidades.
Simultaneamente, os espetadores também devem controlar estes instintos que formulam frases onde sujeito, predicado e complementos são todos palavrões, ou primos chegados.
Tanto com comportamentos violentos como com palavras grosseiras e ofensivas caminha-se numa direção que em nada dignifica o desporto. E mais, não esqueçam que a assistir e a jogar é comum encontrarem-se crianças que ou vão para torcer pelos seus familiares e amigos, ou vão eles mesmo lançar-se na sorte do jogo, crescendo de forma saudável. Se o palavrão e os atos violentos são “aplaudidos” impávida e serenamente, o que podemos pedir amanhã a estes/as miúdos/as de palmo e meio?
O desafio é difícil, mas não é de todo missão impossível porque tanto gestos como palavras não são os ingredientes do sucesso para ganhar jogos, seja em que modalidade for. Certo é também que, felizmente, se vêm bons exemplos e esforços para controlar aquilo que pode ser chamado de “comportamento selvagem”.
Marisa Ribeiro
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