Como descreve o percurso na modalidade?
No início era apenas mais um ciclista que andava a fazer desporto, mas, aos poucos, fui melhorando e com o passar dos anos aumentei muito as minhas capacidades. Agora continuo a trabalhar para evoluir cada vez mais.
Como é o dia-a-dia de um ciclista profissional?
Eu pessoalmente saio para treinar sempre às 10h. A duração depende do treino que realize. Faço no mínimo 2 horas nos dias de recuperação e 4 a 5 horas mais exigentes para melhorar o meu estado de forma. Depois dos treinos aproveito o resto da tarde para descansar. No ciclismo, o principal treino é o descanso.
Qual foi, até hoje, o melhor momento da carreira? E o pior?
Já tenho alguns bons momentos na minha curta carreira, mas talvez todas as corridas realizadas pela selecção nacional. 2007 foi um ano histórico para mim. Por outro lado, correr a minha primeira Volta a Portugal foi o realizar de um sonho. O meu pior momento foi sem dúvida o fim do projecto do Benfica. Tinha assinado um contrato de 2 anos e de um dia para outro fiquei sem equipa.
Ao longo dos anos têm surgido muitos casos de doping relacionados com ciclistas bastante famosos, como por exemplo, Alberto Contador. O doping é uma prática frequente no ciclismo?
Não, simplesmente há casos de doping em todos desportos mas no ciclismo quando surge algum caso é logo falado na Comunicação Social. Noutras modalidades não acontece o mesmo, mas está provado que, em 2010, não foi o ciclismo a modalidade com mais casos de doping. Ainda assim, continua a ser a modalidade com maior controlo.
Ficar em segundo lugar mas vencer devido a uma desqualificação tem o mesmo prestígio do que ser o primeiro a cruzar a meta?
Claro que quando isso acontece não é bom para o ciclista, para a corrida nem para modalidade. Os casos de doping têm tirado prestígio à modalidade mas nem sempre a imagem que passa é a mais correcta. O ciclismo continua a ser um desporto limpo.
Existem vários casos de mortes acidentais em provas de ciclismo. Por exemplo, Wouters Weylandt morreu após uma queda no Giro, em Itália. O ciclismo é perigoso?
Não acho que seja excessivamente uma modalidade muito perigosa. Claro que muitas vezes os ciclistas com a ambição dos resultados correm alguns perigos a mais, como arriscar demasiado nas descidas.
Qual é o panorama do ciclismo português?
Sinceramente, desde que estou ligado ao ciclismo é o ano que está pior. Há poucas equipas profissionais, com orçamentos reduzidos, e menos corridas. Por outro lado, os ciclistas portugueses estão, neste momento, a conseguir entrar em equipas para o Tour e vingar lá fora.
O interesse pelo ciclismo amador tem crescido exponencialmente nos últimos anos. Esta situação ajuda a trazer fãs para a modalidade? Sim, uma pessoa que não tenha o hábito de andar de bicicleta e comece a fazê-lo, com o tempo começa a ter interesse em saber mais sobre a modalidade. O ciclismo continua a ser a modalidade do povo.
O interesse pelo ciclismo amador tem crescido exponencialmente nos últimos anos. Esta situação ajuda a trazer fãs para a modalidade? Sim, uma pessoa que não tenha o hábito de andar de bicicleta e comece a fazê-lo, com o tempo começa a ter interesse em saber mais sobre a modalidade. O ciclismo continua a ser a modalidade do povo.
E os mais jovens sentem-se curiosos a integrarem uma equipa? Sim. Muitas vezes não é fácil entrar no ciclismo porque nem todas cidades têm uma equipa de formação, mas depois de entrar no ciclismo não se quer outra modalidade.
Qual é a meta para a 73ªVolta a Portugal? Este ano vou simplesmente com objectivo de estar ao lado do meu colega e amigo Rui Sousa. Será o nosso chefe de fila na Volta a Portugal e, por isso, tentarei estar a 100% com intuito de poder fazer uma grande Volta, mas em prol do objectivo da equipa. Com o desenrolar da corrida, se tiver alguma oportunidade também tentarei aproveitar.
És conhecido no ciclismo por Bacalhau, porquê?
Vem do tempo da Tensai. Era muito novo, pequeno e magro. Então os meus colegas começaram a dizer que parecia um Bacalhau. A alcunha pegou e foi passando de equipa em equipa.Passa e Corta
Nome César André Lima da Fonte
Idade 24 anos
Especialidade Trepador
Clubes Tensai/Santa Marta Portuzêlo (2000 a 2004) | Gondomar (2005) | Santa Maria da Feira/E.Leclerc/ Moreira Cong. (2006 a 2007) | S.L.Benfica/Lagos Bike (2008) | Clube Ciclismo José Maria Nicolau/Cartaxo (2009) | Barbot/Siper/Gaia (2010) | Barbot/Efapel (2011)
Principais títulos
Vencedor da 1ªetapa Volta a Madeira e Porto Santo 2006
Vencedor do Ranking FPC 2007 (Melhor ciclista do ano equipas de clube)
Vencedor Prémio Inter Régios 2007
2º lugar Volta a Portugal do Futuro 2007
2º lugar Troféu RTP 2007
2º lugar Taça de Portugal 2007
9º lugar Campeonato Nacional 2007
77º lugar Campeonato do Mundo Estugarda 2007
4º lugar Vuelta a Madrid 2008
35º lugar Volta França do Futuro 2008
Campeonato do Mundo Verona 2008
Campeonato da Europa Varese 2008
Vencedor da Juventude GP Internacional Rota dos Móveis 2009
2º lugar Vuelta a Navarra 2009
3º lugar Troféu RTP 2009
Vencedor da Montanha na Volta Albufeira 2010
Vencedor da Montanha Memorial Bruno Neves 2010 (Taça de Portugal)
8º lugar Taça de Portugal 2010
37º lugar Volta a Portugal 2010
Vencedor das Metas Volantes na Volta ao Algarve 2011
Vencedor da Montanha na Volta ao Alentejo 2011
Ponto Alto época 2007
Ponto Baixo época 2008
Recordes pessoais 6 vitórias em corridas
Que sonhos ainda ambiciona concretizar?
Já realizei alguns sonhos: ser profissional, correr a Volta a Portugal, fazer mundiais europeus. Os principais neste momento são discutir a Volta a Portugal ou ter a oportunidade de correr numa equipa para o Tour.
És conhecido no ciclismo por Bacalhau, porquê?
Vem do tempo da Tensai. Era muito novo, pequeno e magro. Então os meus colegas começaram a dizer que parecia um Bacalhau. A alcunha pegou e foi passando de equipa em equipa.Passa e Corta
Nome César André Lima da Fonte
Idade 24 anos
Especialidade Trepador
Clubes Tensai/Santa Marta Portuzêlo (2000 a 2004) | Gondomar (2005) | Santa Maria da Feira/E.Leclerc/ Moreira Cong. (2006 a 2007) | S.L.Benfica/Lagos Bike (2008) | Clube Ciclismo José Maria Nicolau/Cartaxo (2009) | Barbot/Siper/Gaia (2010) | Barbot/Efapel (2011)
Principais títulos
Vencedor da 1ªetapa Volta a Madeira e Porto Santo 2006
Vencedor do Ranking FPC 2007 (Melhor ciclista do ano equipas de clube)
Vencedor Prémio Inter Régios 2007
2º lugar Volta a Portugal do Futuro 2007
2º lugar Troféu RTP 2007
2º lugar Taça de Portugal 2007
9º lugar Campeonato Nacional 2007
77º lugar Campeonato do Mundo Estugarda 2007
4º lugar Vuelta a Madrid 2008
35º lugar Volta França do Futuro 2008
Campeonato do Mundo Verona 2008
Campeonato da Europa Varese 2008
Vencedor da Juventude GP Internacional Rota dos Móveis 2009
2º lugar Vuelta a Navarra 2009
3º lugar Troféu RTP 2009
Vencedor da Montanha na Volta Albufeira 2010
Vencedor da Montanha Memorial Bruno Neves 2010 (Taça de Portugal)
8º lugar Taça de Portugal 2010
37º lugar Volta a Portugal 2010
Vencedor das Metas Volantes na Volta ao Algarve 2011
Vencedor da Montanha na Volta ao Alentejo 2011
Ponto Alto época 2007
Ponto Baixo época 2008
Recordes pessoais 6 vitórias em corridas
Fabíola Maciel
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