sábado, 11 de setembro de 2010

Força da tradição enfeitiça pupilos de Rui Neto

Terminou o sonho luso! Em direção ao céu desde a passada segunda-feira, dia em que entrou em prova com o claro objetivo de reconquistar o ceptro europeu, a Seleção Nacional de Hóquei em Patins teve um “escorregão” enorme, traída, uma vez mais, pelo triste fado português. Incapaz de contrariar o maior domínio e caudal ofensivo da armada espanhola, agora hexacampeã da Europa, os incansáveis comandados de Rui Neto, sem nunca virarem a cara à luta, saíram vergados por uma pesada derrota (2-8).

Irreconhecível nos processos defensivos, onde revelou falhas cruciais, desconhecidas até então, a turma das Quinas acusou o nervosismo de mais uma partida contra “nuestros hermanos”, adensado pela “obrigação” de quebrar a hegemonia espanhola, carrasco que se aproxima a patins largos da marca de títulos nacionais Com Luís Viana incluído no cinco titular, o hoquista vianense, que nesta final não fez o gosto ao “stick”, surgiu em ringue desprovido da magia e eficácia tão bem evidenciada nos encontros anteriores.

Suplente a tempo inteiro, o guardião da Juventude de Viana, Sebastian Silva, apenas saltou do banco por duas vezes, altura em que os colegas Ricardo Barreiros e André Azevedo ressuscitaram as esperanças de uma nação, reduzindo a diferença para 2-3. No entanto, o sentido do jogo não mais se viria a alterar. Até final, o resultado não mais parou de se avolumar, assumindo contornos de humilhação, se pensarmos que do outro lado estava uma equipa invicta com o melhor “score” de golos no certame.

A Seleção Nacional despede-se de Wuppertal, na Alemanha, com a Prata no bolso, prémio com o gosto amargo da decepção. O timoneiro Rui Neto e aos seus pupilos vão agora levantar a cabeça, recarregar baterias e concentrar atenções no próximo Mundial da modalidade, a realizar em 2011, em San Juan, na Argentina.

Pedro Borlido

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