quinta-feira, 4 de abril de 2013

+Viana: Câmara pede explicações sobre exclusão do Teatro do Noroeste dos apoios públicos

O presidente da Câmara de Viana do Castelo disse esta quarta-feira que vai pedir explicações à tutela da Cultura sobre a exclusão do Teatro do Noroeste da lista de apoios públicos concedidos até 2016. "Espero sinceramente que seja um lapso, isto é muito grave. Vamos pedir a reapreciação do processo, eu próprio vou entrar em contacto com a Secretaria de Estado da Cultura para apurar o que se passa", afirmou José Maria Costa.

A Direção Geral das Artes (DGArtes) anunciou na terça-feira que 54 entidades artísticas vão repartir cerca de 4,3 milhões de euros atribuídos nos concursos de apoios diretos, anuais, bienais e quadrienais na área do teatro.

O Teatro do Noroeste - Centro Dramático de Viana (TN-CDV) apresentou uma candidatura para programação quadrienal, de 313.578 euros (2013), 326.658 euros (2014), 346.799 euros (2015) e 399.358 euros (2016), com 16 novas produções e a reedição do Festival de Teatro do Eixo Atlântico (Festeixo).

Contudo, contrariamente ao que aconteceu no período de 2009 a 2012, a companhia não recebeu qualquer verba da DGArtes, o que já levou a direção do TN-CDV a anunciar que vai recorrer da decisão, pedindo a sua reapreciação, conforme previsto no regulamento deste concurso.

"Mais uma vez é uma companhia da chamada periferia província que é prejudicada. Já estávamos habituados a que o CDV fosse prejudicado por estar a 400 quilómetros de Lisboa, mas o que se anuncia é um corte total", enfatizou José Maria Costa.

No relatório de avaliação da candidatura do TN-CDV, a DGArtes aponta que as novas criações sugeridas foram apresentadas "apenas com sinopses dramatúrgicas, sem qualquer referência a outras opções de natureza estética, ao nível da encenação ou da interpretação, não sendo demonstrada significativa consistência estética em toda a programação". Isto "impede" que "se possa valorizar a qualidade artística do projeto", lê-se ainda no documento, entre outros argumentos

Contactado pela agência Lusa, o diretor artístico da companhia afirmou tratar-se de uma decisão "estranhíssima". "Vamos reunir a equipa e pedir justificações, depois de uma leitura atenta da ata da decisão. Mas é estranhíssimo porque dos últimos anos, 2012 até foi o melhor de todos, não percebo como a companhia pode ser penalizada desta forma, não há razão para isto", sublinhou Manuel Coelho.

Redação/Lusa

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