sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

+Viana: Indisponibilidade de ambulância em corporações de Viana obriga a acionar socorro de Barcelos

A falta de ambulâncias em quatro corporações de Viana do Castelo obrigou na quinta-feira o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) a mobilizar para uma operação de socorro no centro da cidade um meio da zona de Barcelos.

Fonte do INEM confirmou a receção de um pedido de socorro a um homem de 82 anos às 11:26. O pedido foi feito numa altura em que o homem já se encontrava sem sentidos numa das principais artérias da cidade de Viana do Castelo.

Segundo a fonte, foram feitas tentativas para acionar as ambulâncias dos bombeiros voluntários e dos bombeiros municipais, mas ambas se encontravam "indisponíveis". O mesmo aconteceu com as ambulâncias das delegações da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) na cidade de Viana do Castelo e na freguesia de São Romão de Neiva.

"Pelas 11:32 conseguimos acionar a ambulância da CVP de Aldreu, no concelho de Barcelos [distrito de Braga]", explicou a fonte, sublinhando que os critérios de distribuição dos meios de socorro são definidos com base "na proximidade" e não na divisão territorial.

O INEM, que através do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) coordena a resposta de meios no terreno, não adiantou qualquer justificação para esta indisponibilidade. A ambulância mobilizada do concelho de Barcelos teve de percorrer cerca de 20 quilómetros até ao local do pedido de auxílio.

A família do homem afirmou à agência Lusa que o socorro, apesar de tudo ter acontecido em pleno centro da cidade e com o Hospital de Viana do Castelo a poucas centenas de metros, levou "mais de meia hora" a chegar ao local. "Não consigo compreender que tenha de vir uma ambulância de Barcelos ao centro de Viana. Enquanto isso o meu pai esteve estendido no meio da rua a aguardar socorro e ainda desmaiou duas vezes durante esse tempo", afirmou a filha, Teresa Guimarães.

O homem deu entrada cerca do meio-dia nas urgências do Hospital de Viana do Castelo. "Se fosse para morrer, tinha ficado ali na rua sem ajuda", disse, revoltada, a filha.

Redação/Lusa

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