Classificação
O filme da derrota (1-3) da Juventude na receção ao Espinho pareceu, claramente, uma viagem ao passado. A turma de Pedro Sampaio entregou-se a fundo na busca dos três pontos, neste jogo da segunda jornada do Nacional de Hóquei em Patins. No entanto, os espinhenses foram mais eficazes, com a armada laranja a perder a serenidade, com a emoção a sobrepor-se à razão. Diogo Fernandes ainda igualou o encontro (1-1), mas não evitou o segundo desaire laranja na prova, que atira a Juventude para a zona vermelha da classificação.
Esperava-se que o Inferno de Monserrate pudesse acolher o primeiro triunfo laranja na época. Atenção, vontade não faltou! A Juventude criou inúmeras ocasiões, esbarrando, invariavelmente, no guardião adversário, Girão. Ao longo da etapa inicial, os vianenses mostraram muita pressa em chegar ao golo, perante um Espinho matreiro que optou por congelar a bola, numa posse prolongada. As tradicionais cortinas, ou simplesmente bloqueios, criaram muitas situações de finalização para os visitantes.
Os golos chegaram cedo, com João Pinto a marcar logo ao quarto minuto, após jogada individual. A concluir a dúzia de minutos inicial, no sítio certo, Diogo Fernandes desviou um remate falhado de Didi. O Espinho voltou à vantagem pouco depois, com Fred a fazer a recarga, após defesa de Leonardo Pais. A cinco minutos do fim, Miguel Sousa não teve dificuldades em sentenciar a partida, ao segundo poste, concluindo mais um contra ataque espinhense.
Na etapa complementar, acentuou-se a tendência para o Espinho se fechar no seu quadrado (baixo), tapando todos os caminhos da baliza de Girão, intimando a Juventude a stickar de longe. Joel Coelho e Didi não pediram licença, bombardeando as redes contrárias sem sucesso. À Juventude faltou imaginação para furar a muralha negra, e alguma capacidade de imprimir um novo ritmo, uma maior dinâmica na circulação da bola que obrigasse o adversário a errar na marcação. De salientar, ainda, que se mantém um sinal do qual pode não advir nada de bom: em caso de dúvida, a dupla de arbitragem apitou sempre contra a turma laranja. Sem influência no resultado, mas indicador nada agradável para uma caminhada longa e complicada.
Da apatia à garra e entrega laranja, assim foi a estreia da Juventude nos jogos perante o seu público para o campeonato. Nota ainda para o livre direto e a grande penalidade que a turma laranja não foi capaz de converter. Com maior eficácia e o resultado seria outro… Pelo que fez, a Juventude merecia um pouco mais, algo que poderá vir a colher já no embate com o Infante de Sagres, esta terça feira.
João Santos
com Pedro Borlido
com Pedro Borlido
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