Esta não foi uma época positiva para o andebol do Afifense. O principal objetivo – a manutenção – foi alcançada, não sem muito sofrimento e fora das quatro linhas. A queda aos distritais, consumada nas quatro linhas, foi salva graças aos reajustes feitos pela FPA. O conjunto de Afife chegou a prometer poder voar bem alto, e já depois do abandono do comando técnico de Cabé, o Afifense lutou até final pela permanência.
A vitória (23-20) na estreia, na receção ao Feirense, deixou água na boca dos seus adeptos. A copiosa derrota (20-35), em Ílhavo, surpreendeu pela crueza dos números. O triunfo (35-29) sobre o Fermentões parecia trazer o velho Afifense à tona. Na jornada seguinte, os três pontos conquistados na Madalena, Vila Nova de Gaia, faria prever uma boa temporada. A igualdade (a 26 golos) caseira frente ao FC Infesta parecia ser, até então, um percalço na luta pelos lugares cimeiros.
A derrota (25-33) na deslocação a Monte “matou” as esperanças verde e brancas na luta pela subida. O confronto com o Arsenal Canelas caiu para o lado de Afife pela margem mínima. Mas o pior estava para vir. A vitória (31-22) sobre o FC Gaia, a 20 de Novembro, marcou o início de um longo jejum de triunfos, íamos então na oitava jornada.
A viagem a Leça foi o princípio do fim. Um ciclo de seis jornadas sem vencer, de onde escapa um empate (22-22) com o Madalenense, apenas quebrada com a vitória na receção ao Monte. Todavia, seguiram-se mais três derrotas até ao final da primeira volta, atirando para o oitavo lugar o Afifense, com dois pontos sobre os lugares incómodos. Três derrotas consecutivas, a abrir a fase de manutenção, colocaram na zona vermelha um dos históricos emblemas da modalidade.
A igualdade na receção ao Fermentões reequilibrou as contas. O empate com o Madalenense garantiu vantagem no confronto direto sobre um rival direto, que impediu a queda para o último lugar, e o tirunfo em Gaia, adiaram a resolução da questão para a última ronda. A receção ao Feirense espelhou toda a época do Afifense que dominou 50 minutos o encontro. A expulsão de Romeu transfigurou a equipa de Afife que desperdiçou uma vantagem de cinco golos, perdendo mesmo a partida.
Na Taça de Portugal, o Afifense caiu logo na primeira ronda, às mãos do Leça. Esta foi uma temporada atípica, onde os vianenses iniciaram o campeonato a pensar em discutir os lugares de subida e acabaram salvos já depois do derradeiro toque do gongo, já depois da saída do comando técnico de Cabé. O Afifense mostrou mais que argumentos para se manter na III divisão, e a prova disso mesmo está nos elogios que os seus adversários teceram ao clube. No entanto, a imaturidade e a inconstância da equipa impediram o Afifense de lutar por voos mais altos.
João Santos
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