Perante um início de partida cauteloso, com ambas as formações a revelarem maior contenção na hora de abordar os movimentos ofensivos foram, no entanto, os visitantes que deram o primeiro sinal de ameaça junto da baliza contrária. Por duas vezes, o guardião da casa João Carlos impôs-se no frente-a-frente com o adversário. Contudo, os locais não se atemorizaram e, aos dois minutos de jogo, no primeiro lance de real perigo local, inauguraram o marcador por intermédio de Zé Domingos, a emendar um remate à “boca” da baliza à guarda de Taipas.
Contra a corrente inicial, onde prevalecia a maior circulação de bola e iniciativa dos forasteiros, o conjunto de Nogueira revelava uma eficácia tremenda na concretização. Enquanto o Ambos-os-Rios desaproveitava uma e outra oportunidade soberana de refazer a igualdade, os anfitriões souberam resguardar-se, passando a respirar mais pausadamente. Surpreendida uma vez mais, a turma de Ponte da Barca viu os das casa ampliarem a vantagem, aos 6’, com Sarrafas a encostar sem oposição ao segundo poste. No ganhar é que está o ganho, pelo que, sempre que os visitantes aparentavam estar por cima, os de Nogueira davam, novamente, a “estocada” final.
Prenúncio, ou não, do que estaria para acontecer, duas bolas a “beijarem” os postes da casa faziam antever o tento da redenção visitante, assinado por César Rocha que, desta forma, conferia maior justiça ao revelado no retângulo de jogo. Fortalecidos, os da Barca só não lograram imediatamente a igualdade por clara falta de tranquilidade na finalização. Como não há duas sem três, a quatro minutos do intervalo, o Ambos-os-Rios enviou nova bola ao ferro, que pouco depois passou mesmo para lá da linha, estabelecendo o empate a dois. Ainda a recompor-se, o Nogueirense tremeu e, a um segundo do descanso, viu os forasteiros operarem a reviravolta no placard.
O tempo de intervalo terá sido bom conselheiro. É pelo menos essa a ideia que fica se olharmos para a segunda metade dos locais. Balanceado para o ataque, a exercer pressão a meio-campo, o Nogueirense protagonizava vários lances de aperto. Ainda assim, logo depois de os anfitriões reclamarem uma grande penalidade por pretensa mão na bola, os visitantes dilataram a vantagem para 4-2, derramando novo balde de água fria. Resposta cirúrgica, plena de oportunismo, o Nogueirense reduziu no minuto seguinte, aos 10’.
Aquecia o Dérbi do Alto Minho, com o Nogueirense a acelerar, arriscar e a demonstrar uma atitude mais “agressiva” na disputa de bola. O empate a quatro chegou a sete minutos do término do encontro, tento da autoria de Serginho. A partir daí, jogo de parada-resposta, com motivos de trabalho para ambos os guarda-redes. Pouco depois, a 4’ do apito final, Giri colocava definitivamente os locais na frente do marcador (5-4). Num final de partida nervoso, onde nada parecia sair bem, o Nogueirense estabeleceu o 6-4 aos 18’, com Serginho a fazer uma vez mais o gosto ao pé, desta vez na conversão eficaz de um livre de 10 metros.
O Nogueirense, atual nono classificado da série A, somou os primeiros três pontos no campeonato nacional da III divisão de futsal. O Ambos-os-Rios, ainda a zeros, ocupa o penúltimo posto da prova.
Fichas de Jogo:
Nogueirense
Cinco Inicial: João Carlos (GR), Carneiro, Giri, Zé Domingos e Zé Artur;
Jogaram Ainda: Serginho, Sarrafas e Diogo;
Disciplina: Amarelos - Diogo e Zé Domingos, João Carlos, Carneiro, Serginho;
Ambos-os-Rios
Cinco Inicial: Joaquim Alves (GR), Pedro Pereira, César Rocha, João Costa e Hugo Rocha;
Jogaram Ainda: Renato Fernandes.
Pedro Borlido
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