A fuga de dois touros, em Viana do Castelo, levou um publicitário de Lisboa a lançar uma campanha de angariação de donativos para comprar os animais, tentando assim evitar que o seu destino volte a ser o matadouro.
Conforme explicou, esta quinta feira, à agência Lusa o criador do movimento "Touros em fuga", o objetivo é recolher donativos junto das administrações de empresas detentoras de uma marca que utilize na sua promoção a imagem de animais.
Isto, disse ainda Miguel Dinis, tendo em conta "a singularidade do comportamento protagonizado por estes dois touros", o qual provocou "uma onda de interesse na generalidade da opinião pública".
Um dos dois touros fugidos desde seis de maio, foi capturado por dez populares, no último domingo, ao fim de seis dias.
O touro, o mais agressivo dos dois que estavam fugidos, foi detetado no monte do Ramalhão, a cerca de quatro quilómetros da casa do criador, na localidade de Perre, tendo-lhe sido devolvido nesse mesmo dia.
No terreno mantém-se as buscas pelo segundo touro, igualmente com cerca de meia tonelada de peso.
A campanha está a ser divulgada desde dez de maio pelas redes sociais e conta com algumas centenas de apoiantes. "Desejamos que este caso possa servir de inspiração para práticas mais justas e equilibradas", remata o porta-voz deste movimento.
A fuga dos animais, que estavam vendidos para um talho de Ponte de Lima por 2.500 euros, aconteceu quando Manuel Farinhoto, de 66 anos, carregava os dois touros, de raça galega - um deles descrito como "muito bravo" - para os transportar para o matadouro, para abate.
Nessa altura, um dos touros, precisamente o mais "bravo", conseguiu escapar e um segundo, que já se encontrava no interior do camião, seguiu o mesmo caminho.
Redação/Lusa
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