segunda-feira, 11 de julho de 2011

Voleibol: VCV atravessou divisão A2 em modo “cruzeiro”

Pela segunda temporada consecutiva, o Voleibol Clube de Viana (VCV) disputou a divisão A2, o segundo campeonato mais importante da modalidade. A manutenção ficou logo garantida no final da primeira fase. A participação na fase final não ensombrou uma época tranquila que deu para alcançar a segunda ronda da Taça de Portugal, onde foi eliminado pelo primo-divisionário Ginásio Vilacondense.

Os pupilos de Julião Basto entraram com a mão esquerda no campeonato, ao perder em S. Mamede de Infeste em três sets. O primeiro triunfo surgiu na jornada seguinte, com a receção ao CV Oeiras, em três sets. Na primeira jornada dupla, o VCV venceu (3-1) em Lisboa, o CV local, perdendo (1-3) no reduto do Sporting das Caldas. O regresso a Santa Maria Maior coincidiu com o retorno dos bons resultados, com uma vitória (3-0) sobre o CV Espinho.

A derrota (2-3) em Coimbra, no recinto da Académica, deu o primeiro ponto extra ao VCV, de acordo com as novas regras (uma derrota no quinto set, “oferece” um ponto ao vencido e dois ao vencedor). O CF Aliança surpreendeu (1-3) o VCV no seu reino. Como resposta, os vianenses venceram o Ala Gondomar (3-0, fora), o CD Marienses (3-2, em casa), GD Gueifães (3-2, casa) e CD Fiães (3-0, fora), naquela que seria a melhor sequência da temporada.

O desaire (1-3) caseiro com o CV Lisboa foi um prenúncio de uma má entrada na segunda volta, da primeira fase. Seguiram-se derrotas com o CV Oeiras (0-3, fora, no último jogo do ano de 2010) e Sporting das Caldas (0-3, casa, na estreia em 2011). O cenário perdeu algum dramatismo com a vitória (3-2) sobre o S. Mamede, porém logo no dia seguinte registou novo resultado negativo (1-3, no pavilhão do CV Espinho). A derrota caseira (2-3) com a Académica parecia prolongar a agonia da corrida ao sexto lugar, apesar do ponto suplementar conquistado.

Nos Açores, o VCV venceu (3-0) o CD Marienses, seguindo-se um triunfo (3-1) na receção ao Ala Gondomar, catapultando a esquadra vianense rumo à sexta posição. O CF Aliança voltou a levar a melhor sobre a turma de Julião Basto, em três sets. Contudo, no dia seguinte, uma vitória, na negra, em Gueifães, voltou a deixar os vianenses na rota da permanência. Algo que a vitória (3-1) confirmou na receção ao CD Fiães, no encerramento da primeira fase da competição. Numa corrida ao sprint, um ponto separou o quinto, CF Aliança, do sétimo, CV Oeiras, que foi obrigado a disputar a série dos últimos.

O VCV apresentou um saldo de 12 vitórias ao longo das 22 jornadas disputadas, tendo conquistado 44 sets e cedido 41. Frente às equipas cimeiras, a juventude vianense deu água pela barba, como demonstram a vitória sobre o S. Mamede, que terminou, esta fase, em segundo, as duas derrotas na negra com a Académica (3.ª classificada) ou ainda os dois triunfos alcançados sobre o quarto colocado Gueifães. O que acabaria por complicar as contas vianenses foram as derrotas em Oeiras e Espinho ou o desaire com o CV Lisboa. A equipa de Julião Bastou realizou sempre grandes exibições com as equipas da primeira metade da tabela, sentindo mais dificuldades com os adversários, tidos, como diretos.

Com a permanência debaixo do braço, a segunda fase foi uma travessia no deserto. O VCV contou por derrotas os dez encontros realizados. Os dois pontos conquistados advêm de duas derrotas no quinto set, com CF Aliança, à quarta e à nona rondas. Nos restantes duelos com Académica, Gueifães, Sporting das Caldas e S. Mamede foram oito desaires a seco, sem conquistar um único set.

Apesar deste período menos bom, a temporada do VCV pode considerar-se amplamente positiva. Numa época onde se experimentaram novas regras, uma segunda com os seis primeiros substituiu o play-off de subida, e com novas fórmulas pontuais, o emblema da Princesa do Lima conseguiu renovar o visto para disputar a divisão A2, ainda na primeira fase, evitando o suplício vivido na temporada de estreia em que resolveu a questão apenas no terceiro jogo de passagem.

Será difícil ao VCV almejar a voos mais altos nas próximas temporadas. O convívio com tubarões mais pequenos é essencial para que a modalidade respire saúde para os lados de Viana. Num clube em que a formação é o mais valioso dos bens, o conjunto de Julião Basto mostrou credenciais para o futuro. 

João Santos

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