Depois de mais de 20 anos a jogar nas competições nacionais, o Afifense desceu aos distritais. No jogo da “forca”, o Afifense perdeu (24-25) na receção ao Feirense, em jogo da sétima e última jornada da Fase de Apuramento da III divisão. O encontro começou equilibrado, com os locais a chegarem a vencer por três golos ao intervalo. A equipa de Luís Cunha dominou por completo a segunda parte até à expulsão de Romeu. A partir daí tudo mudou e o Feirense virou o resultado, garantindo um lugar fora da linha de água.
Impensável. O Afifense só se pode queixar de si mesmo. A dez minutos do fim, o conjunto verde e branco tinha uma vantagem de cinco golos. Mais do que isso, tinha o Feirense preso num casulo do qual nunca se conseguiu libertar. O momento do jogo acabou por ser a expulsão de Romeu. Num lance fora da área, a dupla de arbitragem voltou a usar de um critério excessivo para expulsar o melhor jogador afifense em campo.
A partir de então, o Afifense somou disparates tanto a atacar como a defender. Às falhas técnicas que se sucediam no ataque, de cada vez que o Feirense se aproximou das redes da casa, marcou sempre, virando um resultado desfavorável (22-17) para um triunfo suado e injusto. Pelo que fez, o Afifense revelou argumentos para se manter com grande facilidade. No entanto, a tendência para os jogadores do Afifense relaxarem à sombra de vantagens confortáveis voltou a pregar partidas.
Refira-se que a partida iniciou com um equilíbrio esperado. Durante os 20 minutos iniciais, o resultado baseou-se no jogo do gato e do rato. A partir do empate a oito golos, o Afifense arrancou para um parcial de 5-2 que lhe garantiu uma vantagem de três golos à saída para o descanso. O regresso dos balneários parecia destinar os locais a um final feliz, não fosse uma expulsão algo exagerada.
Apesar de ficar no penúltimo lugar, em zona de despromoção, poderá dar-se o caso de o Afifense não descer de divisão. Ao longo da época, foi ventilado que uma equipa da zona centro poderia desistir. Sendo a zona norte, a do Afifense, considerada a mais forte da III divisão, seria a turma de Afife a ser salva. Há ainda outra possibilidade que passa pelo reajustamento do terceiro escalão do Andebol. Tanto uma hipótese como a outra carecem de certificação da Federação Portuguesa de Andebol.
João Santos
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