domingo, 22 de novembro de 2009

Taça CERS - Juventude de Viana – Liceo da Coruña

Juventude de Viana – Liceo da Coruña -> 4-5

Até ao lavar dos cestos é vindima

Ainda há esperança. Na noite de ontem, a Juventude de Viana perdeu (4-5) na recepção ao Liceo da Corunha, na ronda preliminar da Taça CERS. A laranja mecânica ainda conseguiu empatar o encontro a dois golos. Depois de deixar os galegos fugir no marcador, minimizou os estragos. Recorde-se que o conjunto da Princesa do Lima desperdiçou duas grandes penalidades e enviou duas bolas aos ferros. Para a segunda mão, na Corunha a 19 de Dezembro, terá de reverter a situação.

Os vianenses provaram mais uma vez a sua fidelidade ao Hóquei e à sua Juventude. Mais de mil pessoas não arredaram pé do Inferno de Monserrate. Porém, cedo perceberam que a noite seria complicada. Nos primeiros minutos, viram Luís Viana falhar um penalty e, como se isso não bastasse, os espanhóis colocaram em vantagem por dois golos.

Pior que estar a perder, a Juventude deu sinais de impotência face a um Liceo dominador e com muita paciência na sua circulação de bola. Até que a meio do primeiro tempo, acabado de entrar, Gonçalo Suíssas reduziu a desvantagem. O golo motivou os locais que só descansaram quando Luís Viana igualou a partida, após um contra-ataque guiado por Paulo Almeida. No minuto seguinte, os homens da Corunha recolocaram-se em vantagem, na conversão de uma grande penalidade. E, como um mal nunca vem só, logo a seguir os visitantes voltaram a dispor de dois golos de vantagem.


No regresso ao ringue, após o descanso, a Juventude deixou uma pálida imagem de si. Incapaz de criar perigo, o Viana sofreu novo golo e tudo parecia perdido. O cenário desolador apenas se modificou com a entrada de André Centeno. O atleta vianense deu velocidade e maior capacidade de decisão ao jogo laranja. Sapo, na transformação de um livre directo, e Luís Viana, a concluir bela jogada da Juventude, encostaram às cordas os espanhóis, despertando o público. Perto do final, o momento do jogo: penalty a favor da Juventude com Luís Viana a acertar em cheio na barra.


Após os cinquenta minutos de jogo, em Monserrate, ficou claramente a ideia de que o Liceo da Corunha é um dos mais sérios candidatos à conquista da Taça CERS. Pacientes com bola e rigorosos a defender, os espanhóis gostam de controlar o jogo. No entanto, no encontro de ontem, à Juventude não faltou vontade de vencer, mas as falhas defensivas pagam-se caro nestas andanças. A laranja mecânica provou que terá uma palavra a dizer na segunda mão. Mas para ter sucesso na Europa, os “laranjinhas” precisam de ser iguais a si mesmo e entrar em ringue tal e qual como saíram de Monserrate: a mandar no jogo.


No final da partida, à rádio Geice, o técnico José Querido afirmou que nada está perdido. “Sofremos dois golos a frio, no início do jogo. Podíamos ter empatado este encontro, mas faltou um bocadinho de sorte. Na segunda mão, tudo pode acontecer”, rematou.


Ficha de jogo

Cinco Inicial: Willy; Luís Filipe, Paulo Almeida, Pedro Alves, Luís Viana (2)

Jogaram ainda: Gonçalo Suíssas (1), Tiago Barbosa (1), André Centeno

Treinador: José Querido

JS



Goleador Viana e o imperial Paulo Almeida – UM a UM

A Juventude de Viana não conseguiu um resultado positivo diante do Liceo da Corunha. Após cerca de 40 minutos iniciais muito tímidos, por parte dos vianenses, a derradeira dezena de mostrou outra Juventude de Viana. O DEV descreve-lhe em pormenor o desempenho dos atletas laranjas.


Willy – Apesar de não ficar muito bem nas fotografias do primeiro e quarto golos, a verdade é que o guardião espanhol rubricou uma boa exibição. Na parte final, onde a Juventude se expôs ao contra golpe galego, o guardião laranja evitou males maiores para os seus companheiros.


Luís Filipe – Pouco expedito no ataque, falhou no lance do primeiro golo, cometendo a falta da qual resultou o terceiro golo. No restante do jogo, deu segurança à defensiva laranja com relativo sucesso.


Paulo Almeida – Parece um menino de vinte anos a jogar, tal a vitalidade que apresenta. Com duas assistências para golo, o experiente hoquista foi uma seta apontada às redes contrárias, iniciando vários contra-ataques. A falha na marcação no lance do quinto golo galego é a única mancha na sua exibição.


Pedro Alves – Foi aposta de José Querido para titular para dar alguma experiência à equipa. Uma ou outra boa iniciativa, porém, foi o sacrificado para dar mais velocidade ao jogo laranja.


Luís Viana – Figura da noite. Apontou golos mas desperdiçou duas grandes penalidades, a segunda a dezanove segundos do fim, acertando na barra. O mais activo no ataque vianense, cometeu um único pecado: exagerou na tentativa de obter o golo através da “picadinha”.


Gonçalo Suíssas – Um golo, uma bola no ferro e, sem dúvida, o motivo de muitas dores de cabeça dos espanhóis. Rápido, o jogador laranja nunca se escondeu da luta, deu tudo por tudo para inverter o texto onde a poesia não era afável com a Juventude.


Sapo – De regresso aos ringues, ainda procura a melhor forma. Converteu um livre directo com enorme mestria, tendo participado na jogada do quarto golo da sua equipa. Procurou lutar contra a maré.


André Centeno – Entrou para Luís Filipe descansar. Foi o motor da reacção laranja. Concentrado e determinado, o hoquista vianense deu velocidade e, acima de tudo, maior clarividência às jogadas de ataque da Juventude. A trave negou-lhe o justo prémio que seria o golo.

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