O Museu do Traje de Viana do Castelo conta agora com uma oficina que retrata a arte tradicional de trabalhar o ouro e que vem juntar-se à coleção histórica de 600 peças já doada pelo ourives Manuel Freitas.
"Para mim, é o concretizar de um sonho. Sempre desejei construir em Viana do Castelo um polo de atração da ourivesaria tradicional portuguesa", explicou hoje à Lusa o ourives, que dinamizou a abertura da "Oficina do Ouro".
Na oficina encontra documentação e suportes multimédia sobre os métodos de trabalho do ouro e a sua evolução ao longo dos tempos, e ainda ferramentas únicas e centenárias, como candeias a gás utilizadas, há cerca de um século, para dar forma às peças.
"É um espaço de exposição permanente de ferramentas de fabrico, de alguns dos melhores ourives portugueses do século XX, que estavam na minha posse, entre outras que foram oferecidas", disse ainda Manuel Freitas.
É importante notar que na sequência do assalto violento de 2007, em que ficou sem um milhão de euros em mais de duzentas peças que tinha expostas no seu Museu do Ouro Tradicional de Viana do Castelo, Manuel Freitas doou a coleção que sobrou ao município, através da constituição de uma fundação com o nome do seu filho, Eduardo Freitas, já falecido.
A coleção está em exposição desde 2011 no Museu do Traje, nas antigas instalações do Banco de Portugal na cidade de Viana do Castelo, é a chamada sala do ouro.
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